Por Boby Azarian | Sam Kalda (ilustração) in The New York Times | 10 de maio de 2016
Há muito que é conhecido que a meditação ajuda as crianças a sentirem-se mais calmas; agora, uma nova investigação na área ajuda a quantificar os seus benefícios em crianças em idade escolar entre os 4 e os 11 anos do ensino básico. Um estudo de 2015 mostra que estudantes dos 4º e 5º graus participantes num programa de quatro meses de meditação apresentaram melhorias no campo das funções executivas, tais como: controlo cognitivo, exercício da memória e flexibilidade cognitiva e, ainda, melhores resultados a matemática. Um estudo publicado recentemente na revista científica Mindfulness (ver estudo) reportou resultados semelhantes a matemática em alunos do 5º grau com défice de atenção por hiperatividade. E, um estudo sobre crianças do ensino básico na Coreia do Sul (ver estudo) mostrou que oito semanas de meditação baixaram os níveis de agressividade, ansiedade e stress.
Estes trabalhos de investigação, juntamente com um relatório publicado em março último (ver relatório), com particular atenção à literatura sobre psicologia do desenvolvimento e neurociência cognitiva, esclarece até que ponto as práticas meditativas têm potencial para alterar a estrutura e o funcionamento do cérebro com resultados diretos no sucesso académico.
Princípios básicos da neurociência apontam para que o maior impacto da meditação se dê ao nível da cognição quando o cérebro ainda se encontra numa fase inicial de desenvolvimento. Isto porque o cérebro desenvolve ligações nos circuítos pré-frontal a um ritmo mais alto durante a infância. É precisamente esta plasticidade extra que cria o potencial para a meditação ter um maior impacto nas funções executivas em crianças. Ainda que nos adultos a meditação possa beneficiar mais em termos de redução do stress ou do rejuvenescimento físico, os seus efeitos ao longo do tempo em aspectos como atenção continuada e controlo cognitivo – embora significativos -, são, comparativamente, menos fortes.
Um ensaio clínico publicado em 2011 no “The Journal of Child and Family Studies” (ver estudo), demonstrava esta ideia de forma claríssima. O estudo foi organizado de forma a permitir a comparação direta entre adultos e crianças, uma vez que ambos os grupos etários foram colocados sob o mesmo programa de meditação mindfulness e avaliados de forma idêntica. Crianças entre os oito e os doze anos com diagnóstico de perturbação de défice de atenção e hiperatividade (PDAH) foram submetidos, conjuntamente com os seus pais, a um programa de treino de oito semanas de mindfulness. Os resultados mostraram que a meditação mindfulness melhorava significativamente a atenção e o controlo de impulsos em ambos os grupos, sendo a melhoria mais evidente nas crianças.
Fora dos laboratórios, muitos encarregados de educação têm assinalado os benefícios trazidos pela prática da meditação em idades precoces. Heather Maurer de Vienna, Virgínia (EUA), capacitada em meditação transcendental, orienta a sua filha de nove anos, Daisy, através de várias técnicas de visualização e de exercícios de atenção à respiração, três vezes por semana, diz que a sua filha apresenta melhorias visíveis ao nível do autocontrolo emocional, um sinal de um melhor controlo cognitivo. “Quando a Daisy fica alterada, ela senta-se e foca-se na respiração até se conseguir voltar a centrar”, conta Heather Maurer.
Amanda Simmons, que dirige o seu próprio estúdio de meditação em Los Angeles, tem vindo a verificar melhorias semelhantes no seu filho de onze anos, Jacob, diagnosticado com autismo. Jacob sofre igualmente de PDAH e de doença bipolar, mas Amanda Simmons diz que muitos dos sintomas têm diminuído desde que começou, há seis meses, a prática diária de meditação e cântico de mantras. “A meditação parece atuar como um ‘reiniciar do sistema’ no seu cérebro, resolvendo quase imediatamente alterações de humor ou diminuindo acessos de ira”, disse. Esta mãe acredita que isto tem permitido uma diminuição da dosagem de Risperdal, um antipsicótico usado no tratamento da doença bipolar. Estejam as crianças sob medicação ou não, a meditação pode ajudar a incutir autocontrolo e capacidade de concentração.Talvez, um dia, o encorajar da meditação e de outras práticas de integração ‘mente-corpo’ seja reconhecido como algo tão fundamental nas competências parentais como ensinar os filhos sobre o valor do trabalho, o comer saudável ou o exercício físico regular.
É tão claro que a meditação nos ensina o autocontrole com a disciplina , foco, relaxamento e que a gestante interage diretamente com suas emoções e reflete ao seu filho, também que somos gerados como uma tela em branco que as primeiras cores são pintadas desde o ventre e continua sendo pintada após o nascimento , é a base da nossa personalidade, sendo assim a meditação nos ajuda a pintar essa tela com cores suaves dando equilíbrio a essa personalidade, é maravilhoso que
seja estudado e comprovado pela ciência, quem sabe um dia possa vir a ser comum essa prática nas sociedades mudando o ponto de vista tão equivocado de tratar nossas crianças.
É tão claro que a meditação nos ensina o autocontrole com a disciplina , foco, relaxamento e que a gestante interage diretamente com suas emoções e reflete ao seu filho, também que somos gerados como uma tela em branco que as primeiras cores são pintadas desde o ventre e continua sendo pintada após o nascimento , é a base da nossa personalidade, sendo assim a meditação nos ajuda a pintar essa tela com cores suaves dando equilíbrio a essa personalidade, é maravilhoso que
seja estudado e comprovado pela ciência, quem sabe um dia possa vir a ser comum essa prática nas sociedades mudando o ponto de vista tão equivocado de tratar nossas crianças.
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